Lendas Fantásticas: Nas Garras do Barão EP01 - O Discípulo e a Sábia.
Pra ser sincero, já tive várias
mesas desse tema, mas as primeiras, pra quem é mais conhecido ou que já 'zanza'
no blog a um tempo, sabe que tive vários problemas nelas...
Em geral, sendo um tema
aventuresco, muita gente gosta de aproveitar pra fazer personagens rasos e
puxados para o combate apenas. Bem... Eles acabam pensando que talvez se
divirtam melhor em outro lugar...
Claro que não vou tirar o meu da reta. Na verdade sempre gostei de mesas
com cinco ou seis jogadores. A medida que ia tendo evasão eu convocava mais
gente. No final das contas havia uma grande ciranda que tornava os eventos
ocorridos muito desconexos, então acabei me contentando a aceitar números
menores.
Outra dificuldade que tive: Tempo! Pra ser sincero não ia conseguir fazer as correções necessárias desde remover textos programados que eram desnecessários até fazer a edição/correção de mais de duas novels (não sei bem se é o termo adequado, mas vou usa-lo por enquanto).
Percebendo minhas limitações, fiz uma convocação dos
jogadores mais interessados pra me dar um apoio. Atualmente o Heylupa (também o jogador de Tobi) está fazendo a substituição dos
textos padrão usados no jogo para o texto corrido, diminuindo a gama de
atividades que preciso fazer.
Por sinal uma coisa que teremos nesse conto, ao
contrário dos outros é lançamento de dados. Nesse episódio especifico não terá,
sendo mais uma introdução dos personagens, mas vou dar uma explicada na maioria
dos lançamentos do sistema assim que forem surgindo. Talvez ajude mais
jogadores a entender o 3D&T Alpha.
Por sinal, pra quem não me conhece ou conhece o blog,
atualmente o único que ando jogando, além de ser o que vai ter mais matérias
por enquanto, vai ser o 3D&T Alpha. O cenário que vou usar especificamente
nessa trama, é um cenário próprio que chamo de mundo de Vortek'Xia
(criatividade 100% Plin!) que será criado tanto por mim como pelos jogadores da mesa Lendas Fantásticas - Criação (RRPG), ou seja, no momento não está completo.
Por sinal, recentemente coloquei o texto no Wattpad. O motivo totalmente desconhecido para para a humanidade (na verdade pra mim também). Brincadeiras a parte, na verdade fiquei curioso com essas plataformas de leitura online e decidi começar com esse material em particular.
Se alguém quiser prestigiar "a obra" é só clickar aqui.
Por sinal, recentemente coloquei o texto no Wattpad. O motivo totalmente desconhecido para para a humanidade (na verdade pra mim também). Brincadeiras a parte, na verdade fiquei curioso com essas plataformas de leitura online e decidi começar com esse material em particular.
Se alguém quiser prestigiar "a obra" é só clickar aqui.
Observação:
Todas as figuras usadas na historia são
apenas com propósitos representativos. São personagens de outras mídias, sendo de propriedade
de seus respectivos autores:
"UGOKU NEKOMIMI boy sticker"
de Shironappa, site Ilikestikers.com, Yato de Noragami, imagem sem título tirada do Pinterest de NandoSonny (editada); 3D&T Alpha de Marcelo Cassaro "Paladino".
Jogadores:
Jogadores:
Heylupa - Tobi
irpgfastbersek - Aila Fon't
EP01 - O Discípulo e a Sábia.
O DISCIPULO
Tobi ja estava de fato muito tempo longe dos reinos mortais, mas teve que se reacostumar no pouco que usava pra empreender sua viagem. Sem a magia que seu mestre controlava no monte, esse recurso começava a parecer mais precioso, algo que parecia sentir por instinto.
Missão não parecia ser fácil, parece que o mestre realmente não poupara seu discípulo de algo que testaria mais que seus poderes: seu intelecto. Percebia que perdera muito tempo pensando sobre isso: como estava sem rumo. Então, decidiu simplificar e focara na única pista que tinha: Encontrar uma sabia da floresta que vivia próximo de uma pequena vila chamada Ramikar. Essa era a parte mais fácil da missão e só demorou o tempo que cobria do covil de seu mentor pra lá, ou seja, algo próximo de um mês.
Descobrira a cabana da sábia após pedir informações na sua cidade destino. "Até que os moradores daqui são bem simpáticos, hehe. Faz o que... Uns quinhentos anos que não converso com outro humano?" Pensava o garoto enquanto bocejava e esticava os braços, levando-os para trás da cabeça e apoiando a mesma enquanto olhava de relance para os soldados mal encarados que acabaram de chegar pela estrada leste. Com isso percebia que estavam olhando pra ele, mas se resumia a isso. "Parece que a simpatia parou lá na cidade...".
Tobi ja estava de fato muito tempo longe dos reinos mortais, mas teve que se reacostumar no pouco que usava pra empreender sua viagem. Sem a magia que seu mestre controlava no monte, esse recurso começava a parecer mais precioso, algo que parecia sentir por instinto.
Missão não parecia ser fácil, parece que o mestre realmente não poupara seu discípulo de algo que testaria mais que seus poderes: seu intelecto. Percebia que perdera muito tempo pensando sobre isso: como estava sem rumo. Então, decidiu simplificar e focara na única pista que tinha: Encontrar uma sabia da floresta que vivia próximo de uma pequena vila chamada Ramikar. Essa era a parte mais fácil da missão e só demorou o tempo que cobria do covil de seu mentor pra lá, ou seja, algo próximo de um mês.
Descobrira a cabana da sábia após pedir informações na sua cidade destino. "Até que os moradores daqui são bem simpáticos, hehe. Faz o que... Uns quinhentos anos que não converso com outro humano?" Pensava o garoto enquanto bocejava e esticava os braços, levando-os para trás da cabeça e apoiando a mesma enquanto olhava de relance para os soldados mal encarados que acabaram de chegar pela estrada leste. Com isso percebia que estavam olhando pra ele, mas se resumia a isso. "Parece que a simpatia parou lá na cidade...".
Caminhando pela singela e mal cuidada estrada norte da cidade, logo achara o desvio que levava a uma cabana singela, até um tanto mal cuidada cheirando a ervas secas. Colocando um sorriso no rosto e seguindo até a porta, decidindo esquecer sobre os sujeitos ranzinzas:
A SÁBIA
Aila seguira a leste há um bom tempo... “O termo ‘seguir a leste’ que seguia com fervor era realmente era um fardo pesado depois de alguns meses de viagem...” Felizmente seu domínio em medicina alternativa a permitiu correr grandes distâncias sem se preocupar muito com sustento. Mas em um de seus atendimentos foi presa e acusada de bruxaria.
A caça as bruxas tinha acabado há vários anos, mas havia alguns grupos ativos que faziam o serviço ‘por conta própria’. Havia passado semanas em uma cela letárgica lutando contra algo assustador que vinha de dentro de si mesma por causa daquela situação horrível mas, felizmente, em uma batida de guardas daquela cidade, ela e outras pessoas maltratadas naquele cativeiro cruel foram resgatadas. Mas agora, precisaria reerguer seus recursos...
Uma garota da raça dos selvagens, homens com traços de animais, disse que vivera numa vila a leste da cidade e que poderia reerguer a vida de ambas lá. Se reestabelecendo naquela cidade, chamada Ramikar, ajudou-a conseguir equipamentos e freguesia. Infelizmente a experiência a tornara reclusa e adotou como lar uma cabana na saída norte da cidade. Mesmo assim, como uma mulher que conhecia curas, foi se reerguendo aos poucos.
Tinha impressão de ter movimento lá fora. O tal sensação se torna um fato palpável quando alguém batia a porta e como sempre no justo momento em que preparava algumas poções para a velha entrega de medicamentos que supria o estoque da pequena venda da cidade, que todos chamavam de Velha Pocilga, administrada por um sujeito reclamão, que parecia levemente um texugo, apesar de, na verdade, ter traços canídeos... Fica pensando se deveria reclamar disso, afinal isso lhe ajudava a manter seu lar... Desiste de pensar e vai ver do que se trata.
Agitação por aqueles lados não costumava ser bom sinal. Limpava as mãos
aproveitava para olhar pela fresta o que se passava lá fora. Avista um rapaz
aparentemente despreocupado. Abre a porta de madeira, mas apenas uma fresta, e
olhando com um ar de desconfiada dizia sussurrando:
— O que veio fazer aqui, quem lhe mandou? Por acaso foi o dono da velha pocilga? - Aila bufava um pouco, olhando para o rapaz de cima a baixo, e sobre seus ombros, para ver se mais alguém lhe acompanhava.
— O que!? - Dizia o jovem sem entender a preocupação da moça e ao perceber a mesma olhando mais ao fundo, virava a própria cabeça e olhava como se estivesse buscando alguma coisa. Pouco depois voltava os olhos para ela e balançava a cabeça negando sua pergunta, junto disso inclinava-se um pouco para frente sussurrando — Eu nem sei quem é esse dono da pocilga, moça... - Olhava mais uma vez ao redor e voltava a falar com aquele tom de voz junto da porta. — ...Só estou procurando a Sábia da Floresta. Me disseram que ela mora por aqui. Você a conhece?
— O que veio fazer aqui, quem lhe mandou? Por acaso foi o dono da velha pocilga? - Aila bufava um pouco, olhando para o rapaz de cima a baixo, e sobre seus ombros, para ver se mais alguém lhe acompanhava.
— O que!? - Dizia o jovem sem entender a preocupação da moça e ao perceber a mesma olhando mais ao fundo, virava a própria cabeça e olhava como se estivesse buscando alguma coisa. Pouco depois voltava os olhos para ela e balançava a cabeça negando sua pergunta, junto disso inclinava-se um pouco para frente sussurrando — Eu nem sei quem é esse dono da pocilga, moça... - Olhava mais uma vez ao redor e voltava a falar com aquele tom de voz junto da porta. — ...Só estou procurando a Sábia da Floresta. Me disseram que ela mora por aqui. Você a conhece?
— Por que está sussurrando? - Olhava de volta com uma cara pensativa
"Que cara doido..."— Bem deixa pra lá... Se está procurando alguém
assim por estes lados ou é ingênuo ou não sabe o que está fazendo... - Rapidamente
abre a porta e puxa o rapaz pelo braço.
— Mas eu... — Tentou falar, mas foi puxado antes pudesse completar as palavras. Teve que adiantar alguns poucos passos para não cair. "As pessoas mudaram bastante com o passar dos séculos, gostei disso. Só preciso me acostumar novamente com o tempo"
Agora ambos estavam dentro da cabana. Havia pouco espaço, e o cheiro das ervas secas intensifica. Era doce, mas enjoativo. De fato, várias estavam largadas aqui e acolá, em frascos ou cumbucas de madeira. Também havia vários grãos, às vezes com cores estranhas. Olhando com mais atenção, percebia serem insetos capturados e tratados da mesma forma que as ervas. Olha um pouco a casa e balança a cabeça positivamente, aprovando o local. Depois dá atenção à moça, que parecia mais nova do que pensara a principio. Só dava pra ouvir o som da madeira crepitando, que fora abruptamente interrompido pelo fechar brusco da porta e a indagação de dela com seu olhar. “Finalmente a garota ranzinza deixava me deixara entrar...” pensava Tobi. Ela permanecia por um tempo sem nada dizer. Então quebrava o silêncio com uma única pergunta:
— Mas eu... — Tentou falar, mas foi puxado antes pudesse completar as palavras. Teve que adiantar alguns poucos passos para não cair. "As pessoas mudaram bastante com o passar dos séculos, gostei disso. Só preciso me acostumar novamente com o tempo"
Agora ambos estavam dentro da cabana. Havia pouco espaço, e o cheiro das ervas secas intensifica. Era doce, mas enjoativo. De fato, várias estavam largadas aqui e acolá, em frascos ou cumbucas de madeira. Também havia vários grãos, às vezes com cores estranhas. Olhando com mais atenção, percebia serem insetos capturados e tratados da mesma forma que as ervas. Olha um pouco a casa e balança a cabeça positivamente, aprovando o local. Depois dá atenção à moça, que parecia mais nova do que pensara a principio. Só dava pra ouvir o som da madeira crepitando, que fora abruptamente interrompido pelo fechar brusco da porta e a indagação de dela com seu olhar. “Finalmente a garota ranzinza deixava me deixara entrar...” pensava Tobi. Ela permanecia por um tempo sem nada dizer. Então quebrava o silêncio com uma única pergunta:
— Muito bem, quem é você e o que quer comigo?
De fato, imaginaram que poderiam conversar e resolverem as diferenças e
realmente parecia uma ótima hora pra isso. Mas repentinamente a floresta que
estava silenciosa, apenas com sons da lareira, de grilos e pássaros era
perturbada por barulhos de metal rápidos e cadenciados e gritos abafados. Uma
ação que parecia intensa, mas vinda de longe.
Abre a boca para responder sua pergunta, porém novamente é interrompido,
agora pelo barulho do lado de fora e instintivamente olha para a origem:
— Moça, você está esperando visitas ou algo do tipo? — Funga um
pouco o nariz e caminha lentamente em direção ao barulho.
Quando o desarmonioso som corta a paz da floresta instintivamente olha a
direção que emanava o tal, mesmo que pouco se vendo através das pequenas frestas
entre os vincos da pequena cabana, ao voltar o olhar para o rapaz recém chegado
estranha tal pergunta e diz:
— Eu não... Não são seus amigos? - Rapidamente um turbilhão de
pensamentos passa por sua mente. Ela já não parecia agir de maneira racional.
Seu frenesi a faz tentar meter-se em seu grosso capote, que fazia de maneira
desordenada, errando a passagem de braço e o enfivelamento da roupa várias
vezes. Quando finalmente conseguiu, passava na bancada recolhendo o material
mais relevante. Gastando alguns instantes desse movimento, apressadamente
falava ao rapaz. — Se não são seus amigos, meus é que não são! Não vou esperar
aqui para descobrir!! Tome!!! - Jogava um frasco para o rapaz
aparentemente com um liquido transparente, logo voltava a atafulhar seus bolsos
com todo tipo de erva e até alguns recipientes com insetos vivos ou pedras.
Tobi resolvera tomar a iniciativa, alheio ao desespero da moça. Caminhava
em direção a onde tudo acontecia, enquanto Aila olhava tudo da fresta de sua
porta. O tempo que tiveram foi pouco.
Olhando pra aquela direção, logo viram um garoto da raça selvagem correndo arfando arqueado pra frente
Olhando pra aquela direção, logo viram um garoto da raça selvagem correndo arfando arqueado pra frente
O porquê de ele estar correndo surgiu logo depois: Atrás dele vinham dois
soldados gritando. Não era muito comum virem soldados bem equipados naquelas
bandas. Na maioria das vezes grupos de milicianos e caçadores coordenados pelo
capataz do prefeito local resolviam os problemas da cidadezinha. Além disso, o
brasão não era familiar.
Logo que já estava a algumas dezenas de metros o pequeno garoto cai. Antes
de retomar a corrida um dos soldados pega o mesmo pelo tornozelo. Ele era bem
pequeno, mesmo assim eles faziam o ato parecer fácil. — Peguei! – fala ele
triunfante.
Com o frasco na mão olhou com certa curiosidade, mas depois se voltou ao
que estava ocorrendo "Esses caras outra vez?" —Moça, você mora em um
lugar bem movimentado, hein? – Sorria pensando nisso, enquanto via o
garoto ser erguido - Se quiser pode vim comigo, moça... - Tobi sussurrava,
coçando um pouco a cabeça, solta um pequeno suspiro e coloca um sorriso
simpático no rosto, caminhando calmamente até os soldados — Ei! Com licença,
senhores guardas, podem me dar uma informação, por gentiliza?
A garota por outro lado trava no ato. Sua pressa em se resguardar de futuras
violências já vividas no passado a quase fazem desaperceber a violência
infligida a outros ao seu redor, mas quando o ‘astuto’ rapaz seguia em direção
o alvoroço pôde perceber de relance na porta entreaberta a cena pavorosa do
pequeno kemono sendo carregado pelos pés entre prantos. Parou de imediato que
estava fazendo e parte em disparada respirando de maneira forte e enérgica em
direção do menino, o movimento a faz quase atropelar Tobi — MIROOO!!!
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